Educação em Crise: processos seletivos aprofundam problemas em Araras
publicado em - 02/02/2024
Canal de Notícia
A situação crítica na Secretaria Municipal de Educação de Araras atinge um ponto alarmante, e a raiz desse problema está na preferência por processos seletivos em detrimento de concursos públicos.
O descumprimento de contratos levou à dispensa de funcionários terceirizados, deixando os servidores concursados lutando contra a sobrecarga e a falta de condições adequadas de trabalho.
O impacto imediato desse equívoco é evidente no adiamento do início das aulas, devido à falta de materiais básicos, merenda e, mais preocupante ainda, a escassez de funcionários.
Enquanto a solução óbvia seria a realização de concursos públicos, o Governo insiste na terceirização, causando prejuízos não apenas aos servidores, mas também à população e ao Araprev (Serviço de Previdência Social do Município de Araras).
É crucial destacar que empregados temporários ou comissionados agravam a situação, pois não contribuem para a Araprev, transferindo para o Regime Geral as contribuições que poderiam fortalecer o Instituto.
Nas escolas, os cargos de monitores, serventes e inspetores, cargos de fundamental importância para a qualidade do ensino público, especialmente para estudantes com deficiências, são os mais prejudicados com a terceirização.
Profissionais que exercem essa função precisam estar preparados e qualificados para o trabalho, sendo que a formação é parte importante da função. Outro diferencial de se ter um profissional concursado neste cargo é o laço de confiança que ele cria com os alunos e seus familiares. “O servidor tende a permanecer durante muitos anos na mesma escola, criando relações com a comunidade e os estudantes e essa confiança ajuda muito no desenvolvimento dos alunos com deficiência”.
A qualidade e o atendimento na educação municipal sofrem com a falta de profissionais e só o concurso vai sanar esse problema. “Somos contra esses processos seletivos, contra a falta de investimento e defendemos a abertura de concurso público para que servidores comprometidos possam prestar decentemente os serviços básicos para população”.
Não realizar concursos é ignorar a necessidade urgente de reverter a situação, sendo fundamental coragem para reduzir drasticamente os cargos comissionados e investir no fortalecimento do quadro de profissionais concursados.
Não podemos aceitar essa situação. JUNTOS SOMOS FORTES!