Em Portugal (país de primeiro mundo), o número de casos novos da Covid bateu a marca de 14.647 infectados e 219 mortes no último dia 21/01 e o governo de lá anunciou um recuo na flexibilização de escolas e universidades, adotando a partir desta sexta-feira (22/01) o fechamento das unidades de ensino.
No Brasil - e em Araras, se anuncia o retorno do ano letivo de muitas instituições públicas para fevereiro próximo. Se o crescimento de casos e, principalmente, o da circulação da variante britânica do vírus da Covid fundamentaram a orientação técnica e a decisão política daquele país de fechar escolas e universidades em Portugal, é por ter se verificado que as escolas estavam contribuindo para manter níveis excessivos de circulação do vírus.
Os cientistas portugueses apontam que as novas infeções no próximo mês serão atribuídas à variante do Reino Unido, mais agressiva para as crianças, e não há leitos para acolher mais doentes. Em termos gerais, as pesquisas sugerem que pode ser seguro reabrir escolas onde não há grandes surtos da doença, MAS que seria necessário manter medidas como distanciamento social e ter um bom sistema de testes e de rastreamento de contatos — algo que inexiste no Brasil e em Araras.
O SindSepa seguirá no posicionamento para que as aulas não sejam retomadas, devido à superlotação dos hospitais (cada dia aumenta o número de internados), por não termos a garantia de testagem em massa e nem sabermos quando receberemos a vacina para profissionais da educação. Só no último final de semana tivemos 7 mortes e o governo municipal anuncia o retorno do ano letivo das escolas públicas para fevereiro. Incoerentemente se pede para a população não fazer aglomerações, porém querem a volta às aulas, promovendo aglomerações!
Na data de hoje (25/01), portanto antes da volta às aulas, surgiram relatos de casos positivados de profissionais que estão trabalhando no ambiente escolar e que, devido à volta promovida pelo governo municipal sem testagem dos mesmos, pode ter ocorrido a contaminação. Desde já defendemos o fechamento dessa Unidade de Ensino, pois os funcionários agora afastados, já tiveram contato com outros servidores e até pais de alunos que lá estiveram, podendo existir funcionários assintomáticos trabalhando.
Na Europa, a situação mais preocupante era a de professores e funcionários, pois eles correspondem a apenas 10% da população escolar, mas responderam por 56% dos casos de covid-19 registrados em escolas.
Sabemos que a realidade brasileira no ensino público (e de Araras também) não atende as diretrizes mínimas de profilaxia, faltando itens básicos de segurança. Os estudos também mostram que professores e funcionários de escolas estão em maior risco que crianças pequenas de contrair a covid-19 — e que esses riscos não são nada desprezíveis.
Além disso, como explicar para uma criança a questão do distanciamento e do uso da máscara corretamente? Como explicar para a criança a proibição do afeto/toque entre eles e os educadores?
Quem sujará as mãos com o sangue dos profissionais da educação e dos nossos filhos?
Os filhos dos nossos governantes irão para a escola?
Lugar de criança é na escola, desde que a escola seja segura para a saúde e o aprendizado!
Sem vacina, sem aulas! (ainda) é tempo de repensar!
"Juntos Somos Fortes!"
