No dia 04/02 aconteceu o retorno dos alunos às mais de 40 escolas da rede municipal de Araras e, apesar do período de recesso e férias, parece que a volta às aulas não foi bem planejada.
Mesmo sendo uma constante a fala dos dirigentes quanto a qualidade da educação, somadas a expectativa de mudança de gestão na pasta, pouco se nota na prática quanto a avanços para os profissionais e alunos.
As escolas de Educação Infantil (e mesmo as de Fundamental I) iniciaram as aulas com um número excessivo de alunos (confira abaixo o quadro do PME), bem além do que indicam os documentos oficiais.
Para piorar essas condições a falta de monitores educacionais, serventes (concursos expirados), e estagiários é flagrante, trazendo sobrecarga de trabalho aos profissionais que estão atuando.
Mas a situação mais absurda foi a que tomamos conhecimento já no início do mês: uma das unidades de ensino recentemente inaugurada, recebeu os alunos sem fogão para o preparo da merenda. Porém, segundo uma funcionária, a situação foi resolvida, visto que seria impossível aos funcionários da unidade desempenhar suas funções sem um item tão básico, ainda mais para uma pasta com o maior orçamento do município.
O sindicato estará acompanhando essas situações, inclusive está na pauta de reivindicações 2020 a melhoria das condições de trabalho e o respeito ao número máximo de alunos por turma, para que não sejam necessárias outras providências!
O Plano Municipal de Educação (PME), assim como a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, indicam:
De 0 a 2 anos (BI e BII) 06 crianças por adulto
De 2 anos (Mat I) 10 crianças por adulto
3 anos 15 por docente
De 4 a 5 anos (Jd I e Jd II) 20 crianças por docente
Anos iniciais do Ens. Fund. 25 crianças por docente
Anos finais do Ens. Fund. 35 crianças por docente
Como vemos, a Educação de Araras não cumpre o que o PME diz e o que os profissionais da educação clamam, por condições humanas de trabalho, respeitando a Lei e a integridade física e emocional dos alunos e dos profissionais envolvidos.
Chega de glamour / mídia, precisamos de ação da SME!